Noite de crise

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É sábado a noite...
Ele chegou cedo do trabalho, mas eu estava adormecida.
Acordei atordoada sem saber que horas eram, ele estava em casa, a janta estava pronta. O cheiro do bolo percorria a cozinha e terminava no quarto.


Eu estou sonolenta, encharcada de remédios, é gripe, é crise, é eu sendo eu.



As horas passaram e agora ele quem dorme, semblante fiel e quieto do meu lado, rosto gelado, é o vento que vem da janela quase aberta.

Eu preciso fechar, pra eu mesma não piorar.
É ruim essa fase, essas dores, esse cansaço. Mas eu tenho ele do meu lado, que me acolhe e me protege, mesmo quando o mundo estar nublado...
Estou ainda mais cansada, respiração fraca e garganta que não ajuda em segundo algum, mas não estou só. Tenho quem segurar a mão quando a dor aumentar, tenho quem vai correr ao hospital quando a crise se agravar, tenho com quem contar na hora de algum medicamento tomar...


Só quem é parte de mim, sabe da tontura que é falar palavras baralhadas e bagunçadas.


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