O Medo do Invisível

13:15

Você foge das minhas mãos como água passando pelos meus dedos e escapando. Eu tento me agarrar em algo intangível pra deixar você em mim, mas percebo que já não vale de mais nada.

Algo em mim morreu e queima, não sei se dói ou é raiva acumulada, se é vontade de chorar de tristeza ou esbravejar ao mundo todo o ódio. Ódio por tudo que vejo que passou, que acabou, que se foi de mim e não pertence mais a mim.

Eu sou um misto de tudo, eu não queria que fosse assim, eu não queria te perder assim, não faz sentido para mim... mas também, qual coisa faz sentido na minha vida?

Eu olho as linhas na pele e me pergunto o porquê fiz isso, se um dia você repararia e se sim, o que acharia. E então nessas horas eu rio de mim, pois no fundo sei bem a resposta. E me resta seguir, não há mais o que fazer, o que pedir ou pelo que lutar, é só seguir um roteiro que só à ti faz sentindo, até você cansar, até você não querer, já que o meu querer, o meu grito, o meu pedido de socorro, há tempo não é escutado.




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