Quase dez anos se passaram
16:54Eu não sei nem por onde começar, quais palavras usar, quais teclas apertar pra sair tudo...
Bom, Oi... Eu sou a dona do blog, mas não a mesma de 2013 de
quando o Book & Coffee nasceu. Eu mudei, se passaram exatos nove anos e dez
meses, e eu olho pra trás e vejo a trajetória que tracei nesses longos anos,
onde me perdi, onde me cuidei, onde sanei dores, onde abri novas. Se eu, há dez
anos, lêsse o que a eu de hoje tenho para escrever, com certeza eu não concordaria
e nem aceitaria. Mas a vida é assim, um amontoado de escolhas, de incertezas e
de todas de decisões, que por vezes foram erradas, mas me levaram para onde
estou hoje.
Eu lembro que tinha uma fonte favorita para escrever os
textos, eu lembro que tinha um padrão de imagens para ilustrar cada um deles,
eu tinha vários sonhos, tantas certezas, quão Alice eu realmente era. Como eu
queria me abraçar e alertar de tantas coisas, mas, sendo assim, eu não estaria
aqui hoje, eu teria mudado a rota, a direção, as vontades e as pessoas que pousaram
na minha vida. Algumas ficaram, algumas foram passageiras, algumas deixaram
marcas, outras, nem sequer o sobrenome me lembro.
Quero tentar escrever mais, mas dessa vez, sem meus fieis
leitores de 2013, sem aquelas pessoas que tanto amava ler os comentários. Meus
textos de agora não vão mais cair em grupos de adolescentes do Facebook, onde
eu amava ver que eles gostavam e se identificavam. Eu me perdi por aí, eu
queria ter escrito mais, eu queria ter ido mais longe com meus textos, mas de certa
forma, eu voei longe com minhas mãos, com minha arte. Isso é gratificante. Mas
voltando ao início desse parágrafo, vou tentar por mais texto, nesses dois
meses que vem por aí até completarmos os dez anos de mim e Book & Coffee, o
meu grande amor. Tentar falar das montanhas, da chuva, dos fins de tarde, da
serra, das minhas tão amadas serras... Aliás, hoje chove, faz um frio brando,
eu escrevo do meu escritório, onde trabalho todos os dias, na companhia de uma
gatinha, com um monte de papeis, canetas coloridas, ideias, paredes rosas e
cercada de livros, no meu pequeno cogumelo, tal qual uma fadinha, um ser místico,
e espero a hora exata do meu grande amor, em forma física, chegar do trabalho e
passarmos o resto do dia rindo, conversando, vendo coisas que cada um tem pra
fazer e eu cuidando da casa. É, eu não fugi tanto assim dos meus textos de perspectivas
de dez anos atrás, eu só ainda não tinha me imergido no transe que é escrever e
viajar, e perceber que eu vivo (parte) coisas que, aqui, escrevi um dia. Volto
logo. Com amor, Alice!
0 comentários